Por Beatriz Borsatto Faria
A exposição de Yutaka Toyota
conta com 24 esculturas que podem ser tocadas pelos visitantes. Além disso,
cada escultura tem uma caixa de som própria que é acionada por movimento.
Inovadora, Toyota busca aproximar deficientes visuais da arte, bem como
permitir que qualquer um tenha uma experiência diferente com a arte.
O primeiro contato com a
exposição é bastante interessante. Ao fechar os olhos e tocar as obras, nota-se
elementos da nossa percepção tátil que são anestesiados na vida cotidiana:
texturas, temperaturas, formatos. Inicia-se uma trilha sonora que se
identifica, as vezes misteriosamente, com a obra. De olhos abertos, o efeito
dos espelhos curvos e das cores proporciona uma sensação diferente das
anteriores, complementar.
A artista explora basicamente o
uso de três materiais: aço, madeira e tinta. O uso de poucos materiais deixou
em mim um gosto de “quero mais” – quero tocar mais. Acredito que a artista
tenha pensado nesse efeito de suas obras no público. Vivemos em uma cidade com
uma multiplicidade absurda de cores, sons, cheiros e texturas. Toyota nos dá a
dica: experiencie a cidade também como arte.
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