terça-feira, 27 de maio de 2014

TAUROMAQUIA -GOYA,DALI,PICASSO

Por guilherme Terin Luz 


TAUROMAQUIA.




A tauromaquia trata basicamente da luta entre o homem e a fera, da razão humana sobre a força bruta. "É sobre o bem contra o mal", resume a checa Monika Burian Jourdan, curadora, ao lado da italiana Serena Baccaglini, da mostra que apresenta três diferentes visões das touradas - ou do embate com os touros - pelas mãos dos artistas espanhóis Goya, Picasso e Dalí,  inaugurado dia 11 de maio no Museu de Arte Brasileira (MAB) da Faap. São exatamente 303 gravuras e desenhos originais , reproduções, fotografias e a escultura de bronze.
Primeiramente, Tauromaquia foi exibida em Praga, em 2012, onde a exposição reuniu não apenas as obras dos três gênios da Espanha como ainda trabalhos de jovens artistas contemporâneos da República Checa.
O autor da Guernica explorou a tauromaquia já nos preparativos da criação dessa monumental pintura em cinza e preto e branco. O pintor, assim, recorre a uma alegoria tradicional espanhola para falar dos destroços da Guerra Civil e da ditadura franquista em seu país.
Um dos destaques da exposição Tauromaquia, sao o desenhos preliminares que Pablo Picasso realizou para compor a pintura Guernica, na qual um touro é representado com três olhos.
 Será possível ver, em São Paulo, 42 trabalhos e na década de 1950 dos esboços do artista.  Entre gravuras, desenhos, fotografias e reproduções, o pintor é representado na mostra por 125 peças.
 Salvador Dalí está representado na exposição por apenas oito obras. Além da escultura Minotauro, o catalão - que terá grande mostra de suas criações no Brasil.
São trabalhos do surrealista inspirados na Tauromaquia Suite, de Picasso.
Francisco de Goya -o tema da tourada atravessa toda a obra de Goya ,em sua serie Tauromaquia o artista retrata todas as fases da tourada criando uma espécie de crônica artística da corrida. Sao 40 pranchas no período de 1815-1816 do pintor utilizando gravura em metal ,água forte e água tinta ponta seca e caneta todas as gravuras na proporção de 38x57cm 
Salvador Dali (1981)19x10x5cm
                                                                Minotauro,Escultura em Bronze 



Pablo Picasso, Guarnica 1955 
                                                  Guache sem cartão
                                                    Medida 350x780cm 


TAUROMAQUIAMAB-Faap. Rua Alagoas, 903, 3662-7198. 3ª a 6ª, 10 h/ 21 h; sáb. e dom., 13 h/ 18h. Grátis. Até 22/6. Abertura sábado, 17h, para convidados.













segunda-feira, 26 de maio de 2014

Obsessão infinita - Yayoi Kusama



Por Fernando Vilela

Depois de ter passado por Brasília e Rio de Janeiro, chega a São Paulo a exposição “Obsessão infinita", de Yayoi Kusama no Instituto Tomie Ohtake.

A exposição traz um pouco mais de 100 obras, entre estas, pinturas, esculturas, vídeo, instalação; em uma linha cronológica de 1950 a 2013.


As bolinhas estão presentes em quase todas as obras. Mostra a marca e obsessão da artista pelo tema, que vai desde um óleo sobre cartão pendurado na parede à um espaço tridimensional instalado. A obsessão, que intitula a exposição, se vê nas formas fálicas apresentadas junto aos objetos do cotidiano; nas bolinhas aglomeradas e salpicadas por toda a mostra e as infinitudes postas em títulos de obras e construídas por jogos de espelhos e luzes.
"I'm Here, But Nothing" (2000-2012)

As cores explodem o espaço de um lado. Do outro, há um recolhimento e uma monocromia. Senti essa dualidade entre as obras; o exagero configurado pelas bolinhas e cores, e o respiro pelo breu que se põe ao fundo. Ou o branco e a ausência cromática. 
Destaca-se na exposição três ambientes que o visitante pode percorrer e se deparar com as obsessões de Kusama. Entre os três, dois me chamaram mais atenção; pelo seu efeito ilusório e de construção simples e a dimensão lúdica que a obra toma. Materiais: espelhos, luzes e objetos do cotidiano (cadeiras, pratos, sofá, garrafas...)

Yayoi Kusama
Nascida em Matsumoto, Japão, em 1929, a artista começou a realizar seus trabalhos poéticos e semi-abstratos em papel nos anos 1940. Em 1957, mudou-se para New York e entrou em contato com artistas como Donald Judd, Andy Warhol, Claes Oldenberg e Joseph Cornell.
Em 1973, Kusama retornou ao Japão e, desde 1977, vive voluntariamente em uma instituição psiquiátrica.



"I'm Here, But Nothing" (2000-2012)
"Filled with the Brilliance of Life" (2011)
"Filled with the Brilliance of Life" (2011)



"Filled with the Brilliance of Life" (2011)


 





Serviço
Quando: de 22 de maio a 27 de julho de 2014

Onde: Instituto Tomie Ohtake  (Rua Coropés, 88 - Pinheiros, SP)
Quanto: Entrada franca
Funcionamento: Terça a domingo, das 11h às 20h



terça-feira, 13 de maio de 2014

O CAÓTICO DE FLEMMING


por Manuela Carvalho

Antigo frequentador do curso de Cinema na Fundação Armando Álvares Penteado, o pluri-artista Alex Flemming tem alguns trabalhos inéditos expostos na Galeria Paralelo, em Pinheiros. As pinturas em exposição tem toda a sua base no trabalho Caos, desenvolvido por Flemming em seu ateliê em Berlim ao longo de 2005.


Com planos de fundo caóticos e personagens transparentes, Flemming confunde ao mesmo tempo em que maravilha, contradizem o tema da coleção: retratos. A transparência da pele é o que intriga, o que é afinal um retrato se seu objeto de interesse é invisível? Com suas pinceladas de intensidades variadas, o artista retrata cenas do cotidiano, quando não íntimas, e questiona com os contrastes que cria o relativismo e o conhecimento.

O casamento (2014)
acrílico sobre tela      140 X 200cm

São, ao todo, 13 telas, uma mostra pequena e bastante íntima - você toca a campainha da galeria para entrar e é recibido por uma moça simpática -, porém incrível, com quadros que, por mais confusos que pareçam, após alguns minutos de observação se tornam fluidos e realmente agradáveis ao olhar. Reconhecer-se - uma das propostas do trabalho de Flemming - não é difícil em suas pinturas, não é, afinal, incomum ir a um oculista ou jogar uma partida de futebol. Um jogo interessante ao longo da visita é fazer uma pequena busca, quadro a quadro, do carimbo com a assinatura do autor.

O jogador de futebol (2013)
acrílico sobre tela      180 X 150cm

O oculista como paciente (2011)     
acrílico sobre tela      140 X 200cm

Além de todos os encantos de sua obra, o pintor nos dá ainda outro, um último presente: um quadro pequeno, porém exclusivamente significativo, um retrato das chaves de seu ateliê.

Sem título (2013)
acrílico sobre tela      50 X 60cm

Onde: na Galeria Paralelo, Rua Artur de Azevedo, 986, São Paulo, Brasil
Quanto: basta tocar a campainha
Horários: segunda a sexta, 10h às 19h - sábado, 11h às 17h
Até quando: 12 de junho de 2014
Links relacionados: www.paralelogaleria.com.br
                                www. alexflemming.com



Delirium Circus

Por Vicente Evandro


O paulista Fabrini Crisci é mágico/ ilusionista e já trabalhou nos maiores cabarets e casas de espetáculo do mundo, como o Crazy Horse de Paris, Wintergarten em Berlin, Casino de Monte Carlo e o MGM de Las Vegas. Suas obras já foram expostas na Alemanha, Rússia, Áustria e Brasil. Ele também é o único brasileiro a ter uma de suas obras selecionada para estampar um selo oficial comemorativo do principado de Mônaco.


Acho o universo circense e dos cabarés da belle epoque fascinante. O interesse de ver a obra de Fabrini surgiu por isso. Um artista que sabe refletir e expressar com talento o mundo em que vive. Daí o frequente uso de diferentes tons de vermelho, além de objetos que podem ser facilmente identificados como pertencentes ao universo do mágico, como cartas, cartolas, espadas cortantes, entre outros. Apesar de, certa forma, não ser um artista original, acho interessante como ele trabalha suas influências e também as cores dentro de seus quadros. Um forte contraste está presente em sua obra que também é dotada de uma certa conotação surrealista. Assim como eu imagino que deve ser esse universo dos cabarés e do circo.

Acrílica sobre tela (50cm x 60cm)


A exposição, situada no Soul Tattoo Art e Café, proporciona também uma bela experiência para uma tarde. É possível tomar um café, se deliciar com os quadros e talvez até ter alguma inspiração para uma tatuagem. A ordem dos fatores, no entanto, não altera o produto.

Vermelinha
Óleo sobre tela (50cm x 70cm)


Quanto: free for all

Quando: Segundas, Terças, Quartas, Quintas e Sextas das 08:00 às 20:00
Sábados das 11:00 às 18:00

Onde: Soul Tattoo Art e Café
Até quando: 31/5
Links relacionados: http://www.fabriniart.com/

segunda-feira, 12 de maio de 2014

MAAU

Por Fernanda Contento

 

Incidente com grafiteiros torna-se uma iniciativa de criação do primeiro Museu Aberto de Arte Urbana - MAAU. 

 
A proposta do MAAU surgiu após a interrupção do trabalho de um grupo de grafiteiros que compunha suas obras em pilastras da estação do metrô Santana. Sem uma autorização legal, o grupo fora detido - entre eles os artistas Binho Ribeiro, Chivitz e Minhau - por crime ambiental. 

O caso acabou servindo de incentivo para a criação do museu, ideia que partiu dos próprios artistas detidos enquanto aguardavam o registro da ocorrência. Em setembro de 2011 os grafiteiros inauguravam o  1º Museu de Arte Urbana de São Paulo, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura, do Paço das Artes e do Metrô.


 

Foram 58 artistas escolhidos que pintaram as 77 pilastras da estação Santana, um movimento que mudou  a cara da avenida cinzenta e congestionada que é a Cruzeiro do Sul. Além disso, o projeto demostra respeito aos artistas que não são devidamente reconhecidos pelos seus trabalhos gratuitos de revitalização de nossas cidades, que procuram apenas espaços para seus desenhos.


 
Os grafites variam entre os temas natureza, vida urbana, periferia, algumas com toques surrealistas. Em geral, pinturas difíceis de serem interpretadas e despertam um olhar mais subjetivo. 
É praticamente impossível passar pela avenida e observar todas as obras, a cada dia se descobre que ainda não havia visto uma ou outra pintura.


Esta é a pintura que mais gosto, cada vez que passo por ela, procuro um novo significado. O que mais me encanta é o movimento perfeito do cabelo da personagem, que parece realmente estar ao vento enquanto atravessamos a avenida, e se ele fosse pintado na direção oposta, não teria o mesmo efeito.



 
Em fevereiro deste ano, as pilastras de sustentação da estação Carandiru, entraram para o conjunto de obras do museu, além das pinturas, foram reformados os canteiros centrais. 

O projeto tem curadoria de Dinho Ribeiro;  entre os artistas participantes estão Zezão, Tinho, Ricardo AKN, Speto, Presto, Markone  e Highraff, e outros jovens grafiteiros da Zona Norte; a proposta é de renovar as pinturas a cada ano; é possível visitar os canteiros da Avenidade Cruzeiro do Sul, entre as estações Santana e Portuguesa-Tietê livremente e a qualquer hora do dia, devido sua ótima iluminação noturna.


terça-feira, 6 de maio de 2014

Josef Koudelka - Invasão 68 Praga @ MIS

Tanques nas ruas, armas nas mãos, medo nos olhos.



A exposição 'Invasão 68 Praga' reúne fotografias históricas que demonstram a tensão, a dor e a revolta popular que tomaram as ruas de Praga durante a invasão soviética na Tchecoslováquia em agosto de 1968.

 
 
 
Em meio às fotografias há textos que contextualizam historicamente o espectador, ampliando a conexão sujeito-objeto e assim aprofundando as emoções suscitadas a cada grito de dor, corpo caído e pichação de revolta registrada por Koudelka.
 
 

 

 

São fotografias em preto-e-branco bastante contrastadas, duras e muito expressivas, que deveras sensibilizaram este pleonástico escritor que vos escreve.
 
 
 
 
Através do trabalho do fotógrafo Josef Koudelka, é possível sentir o desespero e a incerteza de uma nação invadida pelo colosso soviético da época da Guerra Fria.
 
 


Sobre o fotógrafo:





















A exposição Invasão 68 Praga tem curadoria de André Sturm e faz parte do projeto Maio Fotografia no MIS - 2014, que ficará aberto a visitações até o dia 22 de junho de 2014 no Museu da Imagem e do Som, na capital paulista.


Antonio Maria

MAIO FOTOGRAFIA NO MIS 2014

ALUNA: ANA BEATRIZ NOGUEIRA LAGES (41316128)

Exposição dividida em 6 espaços, incluindo um espaço falando sobre a nova fotografia, a residência labmis e o acervo mis.
O espaço RESIDÊNCIA LABMIS já são fotografias contemporâneas, com lindas obras visíveis e sonoras, o uso predominante da poesia nas imagens, são obras mais atuais.

Os artistas desse espaço são: Alan Oju, Andressa Casado, Breno Rotatori, Garapa, Pangeia de dois, Pedro Hurpia, Santarosa Barreto e Sári Ember.


O  ACERVO MIS, é uma exposição que  traz um recorte da extensa coleção de fotografias do acervo do Museu da Imagem e do Som realizado pela pesquisadora francesa Marie Rosiere. Além das fotografias, a mostra traz objetos que fizeram parte da história, como a câmera fotográfica Butler & Stammer, fabricada na Alemanha e ultilizada entre 1898 e 1904, e o álbum da família de Júlio Prestes.




No NOVA FOTOGRAFIA, a exposição chamada MONTANHA FELIZ.
“As metrópoles tragam sonhos e se alimentam deles. E este é o principal combustível que nutre a sociedade atual.”- Adriana Cravo
Esse projeto fala, através de fotografias digitais, do isolamento, do vazio existente dentro de cada indivíduo das aglomeradas cidades, solidão, o tempo, cotidiano massacrante, desilusão, os fragmentos da vida. O fotografo captura o silêncio no meio da multidão usando as própria experiência como inspiração.


Happy Mountain - 50x40




As outras 4 salas, as mais importantes da mostra: 

VALDIR CRUZ
Guarapuava- Imagens de um eterno retorno

Valdir mora em Nova York e é naturalmente Brasileiro. Suas fotografias são voltadas ao lugar de onde ele veio, de sua cidade natal, Guarapuava, centro –sul do Paraná,, dos habitantes e belezas naturais. Ele retratou que o lugar após 30 anos, enquanto ele morava fora, ainda continuava sendo o mesmo, com a mesma essência. Ele registrou aqueles moradores que tinham os mesmos costumes e lugares que não pareciam ter sido tocados, como se tivessem parado no tempo.  Manifesto desejo de superação, sintetiza sua experiência de vida, amplia a visibilidade de pessoas e paisagens, reconstrução de suas memórias. Valdir conseguiu transformar o banal em extraordinário circunscrevendo a fotografia como uma potencia de valores pessoais, sociais e culturais, distanciada das facilidades visuais contemporâneas. Ele retratou assim,o povo e as paisagens do Brasil.
“Parece que sempre existe uma tensão no trabalho de Valdir Cruz. Ás vezes visível e outras vezes implícita. Há muitas directomias em seu trabalho: uma delas é o seu estilo apaixonado de criar e realizar seus documentários, e outra é a forma com que ele mantém uma qualidade primorosa de impressão.”- Anne Wilkes Tucker


                                                 Mulher Cigana, 1992. Pigmento sobre papel. 40x40
                                              Salto São Gerônimo, 2005- Pigmento sobre papel 60x40
Pinus araucaria, 1991- Pigmento sobre papel - 50x50


ROBÉRIO BRAGA
Luz negra

Nesse espaço de sala totalmente azul, as fotografias eram em preto e branco, assombreadas e contrastavam com os objetos, acessórios, coloridos representando a cultura dos povos. Além disso, o som do espaço eram de danças e rituais dele, o que nos permitiu entrar ainda mais no ambiente.
Trabalho realizado na África Ocidental registrando uma etnia, seus adornos, usos e costumes em momento de fragilidade. Mostra uma cultura que não se rompeu ou deixou-se vencer pelo perverso mundo que a globalização tenta impor todos os dias.
“As baixas luzes ficaram na África. Eu não as trouxe comigo. Elas pertencem ao mundo de cada um daqueles personagens e, agora, ao imaginário de cada espectador.”- Diz o fotografo
Fotografou algumas tribos como os maasais, pokots e samburus. Ele se impressionou com seus costumes e crenças, essas tribos como outras na região do Quênia e da Tanzânia, são verdadeiros símbolos da resistência e preservam, tradições ancestrais cheias de significados, na medida do possível.
No Luz Negra retratou esse universo de signos num jogos de luz e sombra, as tribos tinham a sua luz própria e fascinou o artista a cada dia mais.




Obra: Samburu - 80x40



GREGORY CREWDSON
Por baixo das rosas

Exposição que eu mais gostei e me senti atraída. É uma sala com 10 grandes fotografias que são apenas parte de seu grande acervo, produzidas entre 2003 e 2008.
São todas imagens incrívelmente reais, fiquei impressionada, você sentia que estava dentro da imagem, que fazia parte dela, a iluminação bastante forte com os traços e detalhes claramente a mostra.
Ele quis fazer a intersecção entre o mundo real e o teatral. Ele foi inovador e mudou rumos da fotografia. Ele ultilizou filme para fazer a fotos para obter mais clareza, usava de 4 a 5 negativos ou mais, fazia montagens entre as melhores fotos e juntava todas elas formando apenas uma imagem que dizia ele : “o ponto perfeito”, ele queria registrar o momento “perfeito”da cada cena.
Sua coleção de 50 fotos duraram 8 anos para serem feitas, haviam vídeos pela sala de como foram execultadas essas imagens, o processo de tratamento e percebi que foram centenas de pessoas envolvidas e o gasto muito grande, realmente como se estivesse fazendo seu próprio filme, pois foi toda uma produção de cinema.
Ele registrava dramas psicológicos, as fotografias criavam um mundo sombrio de certa forma , como ele gostava, ele projetou sua história pessoal, suas ansiedades, medos e desejos.
A busca desse momento perfeito eram feitos no por do Sol pela quantidade de iluimnação de eles usavam, e para não ser nem tão claro nem tãoescuro, e dar um toque de melodrama. São , de fato, filmes congelados, queria que víssemos 50 registros de uma vez, víssemos centenas de detalhes de uma vez só, nítidamente e claramente iluminados, era tudo muito perfeito, por isso parecia tão real, não havia apenas um foco, estávamos dentro daquele mundo também.
Gregory gosta do melodrama e do Horror, muitas de suas fotografias registraram momentos de filmes, e do seu preferido cineasta, Hitcook. São imagens tristes, e os personagens estão como se estivesse encondendo algo, ou até mesmo se escondendo de algo, era artístico e ao mesmo tempo narrativo. Teve como finalidade exteriorizar o mundo de fora para dentro.

             Todas as imagens são 640x416 , no ambiente escuro contendo só as imagens, as obras não foram nomeadas. Havia apenas um vídeo onde ela discutia o porque delas, mas não as nomeava. a primeira é um jantar, segunda é uma mulher que acabou de ter um bebê, a terceira é sobre a menstruação.
                                                                   

                                           
JOSEF KOUDELKA
Invasão 68 Praga

Esse fotografo registrou a invasão de Praga em 1968, retratando sete dias dramáticos, que se tornaram símbolo da luta pela liberdade.
“na noite de 21 de agosto, quando os tanques do Pacto de Varsóvia invadiram a cidade de Praga, acabando com a liberdade política de curta duração na Tchecoslováquia, que veio a ser conhecida como a Primavera de Praga. No meio da turbulência da invasão liderada pelos soviéticos, Koudelka saiu às ruas para documentar este momento crítico.
As imagens mostram o desespero do povo, os soldados, os documentos da época. São imagens em preto e branco e tinham vídeos sobre toda a turbulação da época.
Haviam registro também como se fossem páginas de um diário feito por ele, onde ele dizia o detalhe de cada dia que pasara e das invasões.
Essas fotografias foram levadas de seu país para os EUA de maneira clandestina, mostrou para jornalistas e foram publicadas em todo mundo, mas seu nome não podia aparecer, apenas PP (Prague Photographer) a fim de se proteger e sua família.
No mesmo ano, foi reconhecido pois ganhou a medalha de ouro Robert Capa, mas reconhecido como Fotografo Tcheco anônimo, sendo assim decidiu não voltar a praga ainda com medo.
Só em 1984 ele admitiu seu nome publicamente. Em 2008, quarenta anos depois dessas fotografias terem sido feitas, o livro Invasão 68 Praga foi publicado em 9 línguas, entre elas o Tcheco. São quase 250 fotografias selecionadas, e influênciaram de maneira trágica a vida na Tchecoslováquia durante muitos anos depois disso. 
Na exposição há apenas 75 fotos de seu grande acervos, é ao mesmo tempo, uma celebração de seus livro e um testemunho á resistência notável do povo Tchecoslovaco durante aquela semana extraórdiária em Praga.
Invasão das tropas do pacto de Varsóvia -70x50