terça-feira, 6 de maio de 2014

MAIO FOTOGRAFIA NO MIS 2014

ALUNA: ANA BEATRIZ NOGUEIRA LAGES (41316128)

Exposição dividida em 6 espaços, incluindo um espaço falando sobre a nova fotografia, a residência labmis e o acervo mis.
O espaço RESIDÊNCIA LABMIS já são fotografias contemporâneas, com lindas obras visíveis e sonoras, o uso predominante da poesia nas imagens, são obras mais atuais.

Os artistas desse espaço são: Alan Oju, Andressa Casado, Breno Rotatori, Garapa, Pangeia de dois, Pedro Hurpia, Santarosa Barreto e Sári Ember.


O  ACERVO MIS, é uma exposição que  traz um recorte da extensa coleção de fotografias do acervo do Museu da Imagem e do Som realizado pela pesquisadora francesa Marie Rosiere. Além das fotografias, a mostra traz objetos que fizeram parte da história, como a câmera fotográfica Butler & Stammer, fabricada na Alemanha e ultilizada entre 1898 e 1904, e o álbum da família de Júlio Prestes.




No NOVA FOTOGRAFIA, a exposição chamada MONTANHA FELIZ.
“As metrópoles tragam sonhos e se alimentam deles. E este é o principal combustível que nutre a sociedade atual.”- Adriana Cravo
Esse projeto fala, através de fotografias digitais, do isolamento, do vazio existente dentro de cada indivíduo das aglomeradas cidades, solidão, o tempo, cotidiano massacrante, desilusão, os fragmentos da vida. O fotografo captura o silêncio no meio da multidão usando as própria experiência como inspiração.


Happy Mountain - 50x40




As outras 4 salas, as mais importantes da mostra: 

VALDIR CRUZ
Guarapuava- Imagens de um eterno retorno

Valdir mora em Nova York e é naturalmente Brasileiro. Suas fotografias são voltadas ao lugar de onde ele veio, de sua cidade natal, Guarapuava, centro –sul do Paraná,, dos habitantes e belezas naturais. Ele retratou que o lugar após 30 anos, enquanto ele morava fora, ainda continuava sendo o mesmo, com a mesma essência. Ele registrou aqueles moradores que tinham os mesmos costumes e lugares que não pareciam ter sido tocados, como se tivessem parado no tempo.  Manifesto desejo de superação, sintetiza sua experiência de vida, amplia a visibilidade de pessoas e paisagens, reconstrução de suas memórias. Valdir conseguiu transformar o banal em extraordinário circunscrevendo a fotografia como uma potencia de valores pessoais, sociais e culturais, distanciada das facilidades visuais contemporâneas. Ele retratou assim,o povo e as paisagens do Brasil.
“Parece que sempre existe uma tensão no trabalho de Valdir Cruz. Ás vezes visível e outras vezes implícita. Há muitas directomias em seu trabalho: uma delas é o seu estilo apaixonado de criar e realizar seus documentários, e outra é a forma com que ele mantém uma qualidade primorosa de impressão.”- Anne Wilkes Tucker


                                                 Mulher Cigana, 1992. Pigmento sobre papel. 40x40
                                              Salto São Gerônimo, 2005- Pigmento sobre papel 60x40
Pinus araucaria, 1991- Pigmento sobre papel - 50x50


ROBÉRIO BRAGA
Luz negra

Nesse espaço de sala totalmente azul, as fotografias eram em preto e branco, assombreadas e contrastavam com os objetos, acessórios, coloridos representando a cultura dos povos. Além disso, o som do espaço eram de danças e rituais dele, o que nos permitiu entrar ainda mais no ambiente.
Trabalho realizado na África Ocidental registrando uma etnia, seus adornos, usos e costumes em momento de fragilidade. Mostra uma cultura que não se rompeu ou deixou-se vencer pelo perverso mundo que a globalização tenta impor todos os dias.
“As baixas luzes ficaram na África. Eu não as trouxe comigo. Elas pertencem ao mundo de cada um daqueles personagens e, agora, ao imaginário de cada espectador.”- Diz o fotografo
Fotografou algumas tribos como os maasais, pokots e samburus. Ele se impressionou com seus costumes e crenças, essas tribos como outras na região do Quênia e da Tanzânia, são verdadeiros símbolos da resistência e preservam, tradições ancestrais cheias de significados, na medida do possível.
No Luz Negra retratou esse universo de signos num jogos de luz e sombra, as tribos tinham a sua luz própria e fascinou o artista a cada dia mais.




Obra: Samburu - 80x40



GREGORY CREWDSON
Por baixo das rosas

Exposição que eu mais gostei e me senti atraída. É uma sala com 10 grandes fotografias que são apenas parte de seu grande acervo, produzidas entre 2003 e 2008.
São todas imagens incrívelmente reais, fiquei impressionada, você sentia que estava dentro da imagem, que fazia parte dela, a iluminação bastante forte com os traços e detalhes claramente a mostra.
Ele quis fazer a intersecção entre o mundo real e o teatral. Ele foi inovador e mudou rumos da fotografia. Ele ultilizou filme para fazer a fotos para obter mais clareza, usava de 4 a 5 negativos ou mais, fazia montagens entre as melhores fotos e juntava todas elas formando apenas uma imagem que dizia ele : “o ponto perfeito”, ele queria registrar o momento “perfeito”da cada cena.
Sua coleção de 50 fotos duraram 8 anos para serem feitas, haviam vídeos pela sala de como foram execultadas essas imagens, o processo de tratamento e percebi que foram centenas de pessoas envolvidas e o gasto muito grande, realmente como se estivesse fazendo seu próprio filme, pois foi toda uma produção de cinema.
Ele registrava dramas psicológicos, as fotografias criavam um mundo sombrio de certa forma , como ele gostava, ele projetou sua história pessoal, suas ansiedades, medos e desejos.
A busca desse momento perfeito eram feitos no por do Sol pela quantidade de iluimnação de eles usavam, e para não ser nem tão claro nem tãoescuro, e dar um toque de melodrama. São , de fato, filmes congelados, queria que víssemos 50 registros de uma vez, víssemos centenas de detalhes de uma vez só, nítidamente e claramente iluminados, era tudo muito perfeito, por isso parecia tão real, não havia apenas um foco, estávamos dentro daquele mundo também.
Gregory gosta do melodrama e do Horror, muitas de suas fotografias registraram momentos de filmes, e do seu preferido cineasta, Hitcook. São imagens tristes, e os personagens estão como se estivesse encondendo algo, ou até mesmo se escondendo de algo, era artístico e ao mesmo tempo narrativo. Teve como finalidade exteriorizar o mundo de fora para dentro.

             Todas as imagens são 640x416 , no ambiente escuro contendo só as imagens, as obras não foram nomeadas. Havia apenas um vídeo onde ela discutia o porque delas, mas não as nomeava. a primeira é um jantar, segunda é uma mulher que acabou de ter um bebê, a terceira é sobre a menstruação.
                                                                   

                                           
JOSEF KOUDELKA
Invasão 68 Praga

Esse fotografo registrou a invasão de Praga em 1968, retratando sete dias dramáticos, que se tornaram símbolo da luta pela liberdade.
“na noite de 21 de agosto, quando os tanques do Pacto de Varsóvia invadiram a cidade de Praga, acabando com a liberdade política de curta duração na Tchecoslováquia, que veio a ser conhecida como a Primavera de Praga. No meio da turbulência da invasão liderada pelos soviéticos, Koudelka saiu às ruas para documentar este momento crítico.
As imagens mostram o desespero do povo, os soldados, os documentos da época. São imagens em preto e branco e tinham vídeos sobre toda a turbulação da época.
Haviam registro também como se fossem páginas de um diário feito por ele, onde ele dizia o detalhe de cada dia que pasara e das invasões.
Essas fotografias foram levadas de seu país para os EUA de maneira clandestina, mostrou para jornalistas e foram publicadas em todo mundo, mas seu nome não podia aparecer, apenas PP (Prague Photographer) a fim de se proteger e sua família.
No mesmo ano, foi reconhecido pois ganhou a medalha de ouro Robert Capa, mas reconhecido como Fotografo Tcheco anônimo, sendo assim decidiu não voltar a praga ainda com medo.
Só em 1984 ele admitiu seu nome publicamente. Em 2008, quarenta anos depois dessas fotografias terem sido feitas, o livro Invasão 68 Praga foi publicado em 9 línguas, entre elas o Tcheco. São quase 250 fotografias selecionadas, e influênciaram de maneira trágica a vida na Tchecoslováquia durante muitos anos depois disso. 
Na exposição há apenas 75 fotos de seu grande acervos, é ao mesmo tempo, uma celebração de seus livro e um testemunho á resistência notável do povo Tchecoslovaco durante aquela semana extraórdiária em Praga.
Invasão das tropas do pacto de Varsóvia -70x50


                                       






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