ALUNA: ANA BEATRIZ NOGUEIRA LAGES (41316128)
Exposição dividida em 6 espaços, incluindo um espaço falando
sobre a nova fotografia, a residência labmis e o acervo mis.
O espaço RESIDÊNCIA LABMIS já são fotografias contemporâneas,
com lindas obras visíveis e sonoras, o uso predominante da poesia nas imagens, são
obras mais atuais.
Os artistas desse espaço são: Alan Oju, Andressa Casado,
Breno Rotatori, Garapa, Pangeia de dois, Pedro Hurpia, Santarosa Barreto e Sári
Ember.
O ACERVO MIS, é uma
exposição que traz um recorte da extensa
coleção de fotografias do acervo do Museu da Imagem e do Som realizado pela
pesquisadora francesa Marie Rosiere. Além das fotografias, a mostra traz
objetos que fizeram parte da história, como a câmera fotográfica Butler &
Stammer, fabricada na Alemanha e ultilizada entre 1898 e 1904, e o álbum da
família de Júlio Prestes.
No NOVA FOTOGRAFIA, a exposição chamada MONTANHA FELIZ.
“As metrópoles tragam sonhos e se alimentam deles. E este é
o principal combustível que nutre a sociedade atual.”- Adriana Cravo
Esse projeto fala, através de fotografias digitais, do
isolamento, do vazio existente dentro de cada indivíduo das aglomeradas
cidades, solidão, o tempo, cotidiano massacrante, desilusão, os fragmentos da
vida. O fotografo captura o silêncio no meio da multidão usando as própria experiência
como inspiração.
Happy Mountain - 50x40
As outras 4 salas, as mais importantes da mostra:
VALDIR CRUZ
Guarapuava- Imagens de um eterno retorno
Valdir mora em Nova York e é naturalmente Brasileiro. Suas
fotografias são voltadas ao lugar de onde ele veio, de sua cidade natal,
Guarapuava, centro –sul do Paraná,, dos habitantes e belezas naturais. Ele
retratou que o lugar após 30 anos, enquanto ele morava fora, ainda continuava sendo
o mesmo, com a mesma essência. Ele registrou aqueles moradores que tinham os
mesmos costumes e lugares que não pareciam ter sido tocados, como se tivessem
parado no tempo. Manifesto desejo de superação,
sintetiza sua experiência de vida, amplia a visibilidade de pessoas e
paisagens, reconstrução de suas memórias. Valdir conseguiu transformar o banal
em extraordinário circunscrevendo a fotografia como uma potencia de valores
pessoais, sociais e culturais, distanciada das facilidades visuais contemporâneas.
Ele retratou assim,o povo e as paisagens do Brasil.
“Parece que sempre existe uma tensão no trabalho de Valdir
Cruz. Ás vezes visível e outras vezes implícita. Há muitas directomias em seu
trabalho: uma delas é o seu estilo apaixonado de criar e realizar seus
documentários, e outra é a forma com que ele mantém uma qualidade primorosa de
impressão.”- Anne Wilkes Tucker
Mulher Cigana, 1992. Pigmento sobre papel. 40x40
Salto São Gerônimo, 2005- Pigmento sobre papel 60x40
Pinus araucaria, 1991- Pigmento sobre papel - 50x50
ROBÉRIO BRAGA
Luz negra
Nesse espaço de sala totalmente azul, as fotografias eram em
preto e branco, assombreadas e contrastavam com os objetos, acessórios,
coloridos representando a cultura dos povos. Além disso, o som do espaço eram
de danças e rituais dele, o que nos permitiu entrar ainda mais no ambiente.
Trabalho realizado na África Ocidental registrando uma
etnia, seus adornos, usos e costumes em momento de fragilidade. Mostra uma
cultura que não se rompeu ou deixou-se vencer pelo perverso mundo que a
globalização tenta impor todos os dias.
“As baixas luzes ficaram na África. Eu não as trouxe comigo.
Elas pertencem ao mundo de cada um daqueles personagens e, agora, ao imaginário
de cada espectador.”- Diz o fotografo
Fotografou algumas tribos como os maasais, pokots e samburus.
Ele se impressionou com seus costumes e crenças, essas tribos como outras na
região do Quênia e da Tanzânia, são verdadeiros símbolos da resistência e
preservam, tradições ancestrais cheias de significados, na medida do possível.
No Luz Negra retratou esse universo de signos num jogos de
luz e sombra, as tribos tinham a sua luz própria e fascinou o artista a cada
dia mais.
Obra: Samburu - 80x40
GREGORY CREWDSON
Por baixo das rosas
Exposição que eu mais gostei e me senti atraída. É uma sala
com 10 grandes fotografias que são apenas parte de seu grande acervo,
produzidas entre 2003 e 2008.
São todas imagens incrívelmente reais, fiquei impressionada,
você sentia que estava dentro da imagem, que fazia parte dela, a iluminação
bastante forte com os traços e detalhes claramente a mostra.
Ele quis fazer a intersecção entre o mundo real e o teatral.
Ele foi inovador e mudou rumos da fotografia. Ele ultilizou filme para fazer a
fotos para obter mais clareza, usava de 4 a 5 negativos ou mais, fazia
montagens entre as melhores fotos e juntava todas elas formando apenas uma
imagem que dizia ele : “o ponto perfeito”, ele queria registrar o momento “perfeito”da
cada cena.
Sua coleção de 50 fotos duraram 8 anos para serem feitas,
haviam vídeos pela sala de como foram execultadas essas imagens, o processo de
tratamento e percebi que foram centenas de pessoas envolvidas e o gasto muito
grande, realmente como se estivesse fazendo seu próprio filme, pois foi toda
uma produção de cinema.
Ele registrava dramas psicológicos, as fotografias criavam
um mundo sombrio de certa forma , como ele gostava, ele projetou sua história
pessoal, suas ansiedades, medos e desejos.
A busca desse momento perfeito eram feitos no por do Sol
pela quantidade de iluimnação de eles usavam, e para não ser nem tão claro nem
tãoescuro, e dar um toque de melodrama. São , de fato, filmes congelados,
queria que víssemos 50 registros de uma vez, víssemos centenas de detalhes de
uma vez só, nítidamente e claramente iluminados, era tudo muito perfeito, por
isso parecia tão real, não havia apenas um foco, estávamos dentro daquele mundo
também.
Gregory gosta do melodrama e do Horror, muitas de suas
fotografias registraram momentos de filmes, e do seu preferido cineasta,
Hitcook. São imagens tristes, e os personagens estão como se estivesse
encondendo algo, ou até mesmo se escondendo de algo, era artístico e ao mesmo
tempo narrativo. Teve como finalidade exteriorizar o mundo de fora para dentro.
Todas as imagens são 640x416 , no ambiente escuro contendo só as imagens, as obras não foram nomeadas. Havia apenas um vídeo onde ela discutia o porque delas, mas não as nomeava. a primeira é um jantar, segunda é uma mulher que acabou de ter um bebê, a terceira é sobre a menstruação.
JOSEF KOUDELKA
Invasão 68 Praga
Esse fotografo registrou a
invasão de Praga em 1968, retratando sete dias dramáticos, que se tornaram
símbolo da luta pela liberdade.
“na noite de 21 de agosto,
quando os tanques do Pacto de Varsóvia invadiram a cidade de Praga, acabando
com a liberdade política de curta duração na
Tchecoslováquia, que veio a ser conhecida como a Primavera de Praga. No meio da
turbulência da invasão liderada pelos soviéticos, Koudelka saiu às ruas para
documentar este momento crítico.”
As imagens mostram o
desespero do povo, os soldados, os documentos da época. São imagens em preto e
branco e tinham vídeos sobre toda a turbulação da época.
Haviam registro também como se fossem páginas de um diário feito por ele, onde ele dizia o detalhe de cada dia que pasara e das invasões.
Essas fotografias foram levadas de seu país para os EUA de maneira clandestina, mostrou para jornalistas e foram publicadas em todo mundo, mas seu nome não podia aparecer, apenas PP (Prague Photographer) a fim de se proteger e sua família.
No mesmo ano, foi reconhecido pois ganhou a medalha de ouro Robert Capa, mas reconhecido como Fotografo Tcheco anônimo, sendo assim decidiu não voltar a praga ainda com medo.
Só em 1984 ele admitiu seu nome publicamente. Em 2008, quarenta anos depois dessas fotografias terem sido feitas, o livro Invasão 68 Praga foi publicado em 9 línguas, entre elas o Tcheco. São quase 250 fotografias selecionadas, e influênciaram de maneira trágica a vida na Tchecoslováquia durante muitos anos depois disso.
Na exposição há apenas 75 fotos de seu grande acervos, é ao mesmo tempo, uma celebração de seus livro e um testemunho á resistência notável do povo Tchecoslovaco durante aquela semana extraórdiária em Praga.
Invasão das tropas do pacto de Varsóvia -70x50