A cidade de São Paulo vista pelo olhar de um artista francês. A cidade em miniatura que transpõe vida.
Christian Boltanski fez em torno de 950 edifícios em miniaturas, revestidas por páginas da lista telefônica, para descrever a vida em uma cidade.
Boltanski me fez pensar em vida. Me fez pensar em morte. Na sua miniatura de selva de pedra, vemos luzes apagando e acendendo, representando (talvez, ou seja, na minha opinião) a vida e morte nas cidades grandes, e nossas vidas que passam desapercebidas por entre nossos olhos nessa selva gigante de concreto que nos faz sentir minimalistas e ver o quanto a vida é frágil.
A exposição, onde as torres acabam sendo do nosso tamanho, fazem com que nós tenhamos uma ideia de identidade roubada. Uma ideia de identidade fragmentada, como já diziam os pós modernistas, o mundo em si se rouba de nós e nos toma.
A exposição é ainda complementada por projeções de entrevistas feitas com imigrantes que moram em São Paulo e são projetadas nas próprias torres, me passando uma ideia de como estamos separados, porem juntos dessa selva.
A beleza dessa exposição para mim foi a diferença de interpretação feita entre dois amigos. A própria cidade acaba tendo mais de uma interpretação. Acredito que o ideal poético de Boltanski se mostra grande nesse sentido, num sentido onde todos estamos juntos e ao mesmo tempo separado.
No fim digo que é uma exposição que vale a pena ser vista, ao caminhar vendo o que para nós é tão grande e distante, e o piscar das luzes representando vida e morte, temos um tempo para pensar em nós mesmos e em como vivemos. O próprio nome da exposição brinca com a ideia de vida e morte.
Desde quando e até quando?
De 09/04 à 29/04
Quanto?
De graça Galera \o/
Onde?
Sesc Pompeia!
Rua Clélia, 93 - Zona Oeste
Pompeia - São Paulo/Sp
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