Por José Carlos Malafaia Ferreira
Jacques Henri Lartigue (1894-1986)
não se considerava um profissional da fotografia como o seu contemporâneo André
Kertész (1894-1985) e Richard Avedon (1923-2004). Sentia-se privilegiado, uma
vez que nunca precisou de trabalho para custear a sua fotografia recreacional (como
costumava definir). Mas é reconhecido como “pioneiro da fotografia moderna”
pela curadoria de Arte Moderna de Nova York, em 1963. Ano em que expôs pela primeira vez, já aos 69 anos.
E é esse pioneiro que é
homenageado com uma exposição que o Institituo Moreira Salles apresenta na
capital paulista desde 12 de Fevereiro.
Nesta mostra vemos os relatos
fotográficos que Lartigue colecionou durante a sua vida, desde os oito anos de
idade até os 92 anos. Ele passeia com o olhar e a câmera em
busca de cliques que capturem instantes em que o movimento é o tema.
Amigos em aventuras lúdicas, a
água, o vento, as corridas de autos, os saltos que impulsionam a imaginação a
um voo sem rédeas são deliciosamente expostos numa delicada construção poética.
Há escritos do próprio fotógrafo
que compõem esse grande apanhado de sua vida ali exibidos. Sua verve poética,
também na escrita, está bem documentada em diários e citações.
O homem que desliza na água, singrado pela luz do Sol que
alvorece é uma das imagens que me tocaram nesta exposição que recomendo.
Ao amanhcer, Setembro de 1929.
JACQUES HENRI LARTIGUE
Instituto Moreira Salles. Rua Piauí, 844, tel. 3825-2560.
3ª a 6ª, 13 h/ 19 h; sáb., dom. e feriado., até 18 h. Grátis. Até 25/5.
Instituto Moreira Salles. Rua Piauí, 844, tel. 3825-2560.
3ª a 6ª, 13 h/ 19 h; sáb., dom. e feriado., até 18 h. Grátis. Até 25/5.
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